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Economia

Exclusivo: Alta dos alimentos desde novembro é conjuntural e já começa a se reverter, diz Guilherme Mello
Produção de alimentos e o que deverá ser feito para baixar o preço desses produtos foram temas de reunião convocada por Lula, nesta quinta-feira
Publicado em 15/03/2024 às 09h05
Foto Notícia
A alta nos preços dos alimentos vista desde novembro é conjuntural e já começa a se reverter, disse em entrevista exclusiva ao Valor o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. No entanto, segue como ponto de atenção. “É óbvio que as pessoas sentem quando elas vão ao mercado e veem um alimento que elas costumam comprar mais caro”, comentou.

Os preços tendem a cair ao longo dos próximos dias, o que não significa que o problema acabou. “Obviamente que você vive um ambiente político - no mundo, não é só no Brasil - onde algumas forças políticas se especializaram em pegar questões pontuais, inclusive muitas delas falsas, e criar fatos.” Essa estratégia é capaz de influenciar a percepção das pessoas sobre a economia, acrescentou. É algo que não tem, necessariamente, relação com os indicadores.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada no início deste mês mostra piora na avaliação da economia, apesar dos indicadores positivos em itens como desemprego, inflação e juros. A avaliação que a economia piorou nos últimos 12 meses chegou a 38% dos entrevistados, ante 31% em dezembro passado.

Os preços dos alimentos são o centro de uma reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta quinta-feira (14). “Dia de reuniões importantes aqui no Palácio do Planalto. Agora pela manhã vamos falar sobre a produção de alimentos e o que faremos para baixar o preço desses produtos. Na parte da tarde vamos falar dos crescentes investimentos da indústria automotiva no Brasil em biocombustíveis e carros elétricos”, escreveu ele nas redes sociais.

Além disso, foi marcada uma reunião ministerial para a próxima segunda-feira, com o objetivo de fazer uma “amarração” do governo e buscar agendas positivas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem programada à Alemanha para estar presente.

Além do acompanhamento conjuntural de preços, o governo mapeia as cadeias produtivas dos alimentos e combustíveis, para identificar possíveis pontos de estrangulamento que podem ser atacados para melhorar a oferta. O Valor mostrou, em sua edição de terça-feira, que os gargalos foram divididos em três grupos: tecnológicos e produtivos, macroeconômicos e financeiros e de infraestrutura e comércio. As conclusões foram encaminhadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que decidirá as medidas a serem adotadas.
 
Por Lu Aiko Otta e Jéssica Sant´Ana, Valor --- Brasília
Fonte: Globo Rural
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