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Diversas

Combustível do Futuro terá investimentos de R$ 200 bi, diz Alceu Moreira
Presidente da FPBio diz que setor fez acordo estratégico com governo para acelerar aprovação da lei e dar segurança aos investimentos
Publicado em 15/04/2024 às 10h56
Foto Notícia
deputado Federal Alceu Moreira, presidente da FPbio
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) estima que a aprovação do PL 528/2020, conhecido como Combustível do Futuro, vai levar a investimentos de R$ 200 bilhões no Brasil nos próximos anos. Segundo ele, trata-se de dinheiro privado. Não está contando com verbas públicas.

“A estimativa é de R$ 200 bilhões, mas isso não acontece da noite para o dia. Já tem gente fazendo investimento em plantações de cana-de-açúcar. Esse pessoal precisa de previsibilidade para dar segurança jurídica para as plantas se instalarem. Elas vão se instalar em locais do país que são terra nua e, em menos de 20 anos, serão cidades de mais de 100.000 habitantes”, disse em entrevista ao Poder360.

Assista à íntegra da entrevista (34m3s) aqui.

Moreira tem 69 anos, está em seu 4º mandato como deputado federal e é presidente da FPbio (Frente Parlamentar Mista do Biodiesel). Foi presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária). Ele se define como um deputado de oposição, mas defende a aliança que seu grupo fez com o governo como forma de aprovar o Combustível do Futuro, que definiu como “política de Estado”.

Eu sou de oposição e dizem que estamos usando o biocombustível para aproximação [com o governo]. A única aproximação é que o bicombustível é um tema de Estado. Estamos dizendo ao mundo que não vamos fazer a opção por carro elétrico. Se alguém quiser consumir esses carros, tem toda a liberdade para isso. Agora, como política de país, queremos uma planta energética que nos dê autonomia”, disse.

O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados em 13 de março com 429 votos a favor e 19 contra. Agora, tramita no Senado. O relator é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). A aliança com o governo tem como objetivo principal evitar mudanças no texto. A leitura é que, se nada mudar, as novas regras passarão a valer ainda em 2024. Caso mudem, será necessária uma reavaliação na Câmara. Em ano eleitoral, é quase impossível concluir a votação ainda este ano.

“Conseguimos dar ao texto equilíbrio e seria de bom alvitre não ter modificações no Senado. Estamos em ano eleitoral. Aprova em maio no Senado e volta para a Câmara em junho. Em julho, temos recesso e depois é o período eleitoral. Esse projeto tem expectativa de investimentos de R$ 200 bilhões e terá um atraso de 1 ano para começar. É mais uma questão de tempestividade. Se tiver alguma mudança, pode ser por um outro projeto de lei”, sugeriu.

Alceu Moreira diz que é importante manter os canais de contato com o governo Lula, mesmo sendo de oposição

Moreira rebateu as críticas daqueles que foram contrários à articulação com o governo. Como o Poder360 mostrou, o setor do agro rachou durante as negociações.

“Estamos em um momento de grande radicalização, com o país dividido entre pessoas, de um lado, com uma Bíblia na mão e, do outro, o código penal. E os 2 não querem se juntar. Eu sou de oposição, mas todo dia quando eu vou dormir o presidente é o mesmo e, quando eu acordo, também. Todo dia tem Plano Safra e decisão do STF que interessa ao agro. Se fazemos o discurso de lacrador, só para agradar a torcida, não teremos como conversar. E precisamos conversar. Foi assim na reforma tributaria, no arcabouço fiscal, no Carf, e é assim no dia-a-dia da construção política. Mesmo que soframos críticas frontais, mantemos o canal de discussão aberto porque isso está acima das nossas diferenças políticas”, disse.

 
Por Guilherme Waltenberg
Fonte: Poder 360
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