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Soja perde a liderança das exportações brasileiras
Pela primeira vez, petróleo desbanca a oleaginosa no ranking do comércio exterior do Brasil
Publicado em 06/12/2024 às 08h40
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O petróleo se tornou o principal produto da exportação brasileira no acumulado de janeiro a novembro, desempenho inédito para o período desde o início da série histórica da balança comercial, em 1997. O embarque da commodity energética somou US$ 42,76 bilhões nos 11 meses em 2024, com alta de 9,5% contra iguais meses do ano passado.

A soja, que liderou a exportação brasileira em 2023, ficou em segundo, com exportação de US$ 42,08 bilhões até novembro, com queda de 17,9% em relação ao ano passado. Em terceiro lugar veio o minério de ferro, que somou US$ 27,64 bilhões, com alta de 2%, na mesma comparação, segundo dados divulgados esta tarde pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic).

A perspectiva é que o petróleo feche 2024 na liderança das exportações brasileiras, já que o embarque de soja este ano, por questões sazonais de safra, já está no fim. Segundo dados da Secex, a média diária da exportação do grão em novembro foi de US$ 58,56 milhões enquanto a do petróleo foi de US$ 238,22 milhões.

O desempenho fez a fatia do petróleo na exportação total brasileira avançar de 12,6% em 2023 para 13,7% em 2024. A participação da soja caiu de 16,5% para 13,5%, sempre de janeiro a novembro.

O petróleo sofreu queda de preços médios de 4,3% em 2024, mas a alta de 14,4% em volume exportado neutralizou o efeito das cotações. Já a soja teve queda de 1,3% na quantidade embarcada e o preço médio de exportação caiu 16,9%.

O menor valor exportado do grão se deve à redução da safra. Segundo os últimos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume total de soja colhida na safra 2023/2024 foi estimado em 147,38 milhões de toneladas, redução de 7,23 milhões de toneladas ao período anterior. Com safra recorde em 2023, a soja brilhou no ano passado como o produto mais exportado pelo país.

O volume de produção brasileiro de petróleo também foi recorde em 2023 e no acumulado até outubro de 2024, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Petróleo (ANP), está 0,3% maior que o de igual período do ano passado.
Por Marta Watanabe, Valor — São Paulo
Fonte: Globo Rural
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