Preços do açúcar fecham mistos nas bolsas internacionais com estimativa de consumo recorde na Índia

Os contratos futuros do açúcar fecharam mistos nas bolsas internacionais nessa terça-feira (23), com alta nas telas de maior liquidez e desvalorização nos contratos de longo prazo, tanto em Nova York como em Londres.

Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o mercado ontem foi pressionado por duas notícias. “O consumo de açúcar na Índia este ano deve atingir um recorde, já que a demanda durante o pico da temporada de verão é impulsionada pelas ondas de calor e pela mobilização de milhões de pessoas para as eleições sob temperaturas escaldantes”, destacaram.

Por outro lado, os operadores também estão esperando que a moagem de cana-de-açúcar do Brasil na primeira quinzena de abril deva aumentar quase 15% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa de analistas da S&P Global Commodity Insights.

Nova York

Na ICE Futures de NY o açúcar bruto foi contratado ontem, lote maio/24, a 19,91 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 11 pontos, ou 0,6%, no comparativo com a véspera. Já as telas julho e outubro/24 subiram 5 e 2 pontos, respectivamente. Os demais contratos oscilaram entre a estabilidade, queda de 3 pontos ou alta de 1 ponto.

Londres

Em Londres os dois primeiros lotes do açúcar branco listado na ICE Futures Europe fecharam no azul. O lote agosto/24 foi contratado ontem a US$ 573,20 a tonelada, valorização de 0,5%, ou 2,80 dólares, no comparativo com a véspera. Já a tela outubro/24 subiu 1,40 dólar. Os demais contratos caíram entre 60 cents e 4,10 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a terça-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 148,44 contra R$ 148,22 de segunda-feira, valorização de 0,15% com comparativo entre os dias.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado registrou sua sexta desvalorização seguida pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.405,00 o m³, contra R$ 2.429,00 o m³ praticado na segunda-feira, queda de 0,99% no comparativo.

Agência UDOP