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Pine reduz projeções para área e produtividade da soja 2023/24
Publicado em 08/12/2023 às 16h09
Foto Notícia
A produção brasileira de soja deve alcançar 154,03 milhões de toneladas na safra 2023/24, estimou nesta sexta-feira (08/12) a consultoria Pine Agronegócios, citando reduções de área e produtividade causadas principalmente pelo atraso no plantio.

A produtividade esperada para o grão diminuiu 0,47% para 3,376 toneladas por hectare, contra 3,392 na projeção anterior, de novembro. Já para a área, houve redução de 1,16%, passando para 44,974 milhões de hectares, contra 45,504 milhões de hectares da última estimativa.

"A redução da área foi motivada pelo atraso do plantio, que adiciona riscos elevados a produtividade da oleaginosa e prejudica a janela de plantio de outras culturas como milho segunda safra e feijão", afirmou a consultoria em nota.

Segundo o levantamento, produtores de algodão de Mato Grosso estão desistindo da soja e preparando a terra para a pluma, com o intuito de realizar uma safra somente, "mas muito bem feita, reduzindo o risco de perda de produtividade". Com isso, a Pine projetou que a área do Estado ficará em 12,035 milhões de hectares (-1,32%).

Na região Sul, o Paraná que chegou a ser o Estado com plantio muito antecipado, perdeu ritmo nas últimas semanas e a porção leste teve problemas com excesso de chuvas, deixando várias áreas sem plantio.

"Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) concedeu extensão no prazo no plantio, porém vários produtores já planejam não finalizar a soja e se preparar para o plantio do feijão", disse a Pine.

No Rio Grande do Sul, apesar da janela mais tardia, agricultores enfrentam problemas com as chuvas e já há intenção de alguns pela redução de área. Além disso, a consultoria ressaltou que há vários casos da doença ferrugem asiática devido a umidade.

Na região do Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins), além do atraso na semeadura, as condições de seca e calor prejudicaram várias lavouras, reduzindo o potencial produtivo, assim como na Bahia.
"As chuvas deste mês de dezembro são fundamentais para estabilização ou mesmo alguma recuperação nas condições das lavouras nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil; se elas não se confirmarem, novas reduções de produtividade deverão acontecer", alertou.

Neste cenário, a consultoria ressaltou que os prêmios de exportação já estão mais firmes e os negócios estão muito lentos, com os produtores aguardando uma definição melhor do potencial produtivo.

"Compradores estão pouco ativos e não estão fazendo muito esforço nas compras, pois há o receio de uma nova grande quebra de produção, similar à temporada 2021/22 quando o Brasil perdeu 20 milhões de toneladas devido ao clima", disse.
Nayara Figueiredo
Fonte: Globo Rural
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