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A Petrobras prevê construir plataformas próprias para o projeto de produção de óleo e gás de Sergipe Águas Profundas (SEAP) caso a licitação para afretamento não seja viável, disse o diretor executivo de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, nesta terça-feira (12/3) durante o evento Sergipe Day, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

O cenário complicado para a contratação de navios-plataforma (FPSOs) no mercado internacional está reacendendo debates sobre o financiamento da construção nacional e o Fundo de Marinha Mercante (FMM), mostra reportagem de Gabriela Ruddy.

No caso de Sergipe, a estatal lançou em abril do ano passado licitação para afretar dois FPSOs, com capacidade de produzir 120 mil barris por dia cada, mas a concorrência já teve o prazo prorrogado três vezes, em meio a um ciclo de alta no mercado global.

Para o governo sergipano, a decisão de apostar em unidades próprias como alternativa ao afretamento dá segurança que o projeto será executado independentemente do cenário externo.

O projeto SEAP prevê a produção de 240 mil bpd de petróleo e a exportação de até 18 milhões de m³/d de gás natural a partir de 2028, segundo a última revisão do plano estratégico da Petrobras.

Estudo da FGV Energia apresentado durante o evento mostra que o potencial do estado pode ser bem maior, com uma oferta de até 40 milhões m³/dia de gás natural a partir do uso do Terminal de GNL da Eneva e o gás onshore, distribuído por meio de GNL em pequena escala e GNC. 

Petróleo em queda. Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em ligeira queda nesta terça-feira após estimativa maior que a esperada da produção de petróleo dos EUA.

– O barril de petróleo Brent para entrega em maio recuou 0,35%, a US$ 81,92. O WTI para abril caiu 0,47%, a US$ 77,56 o barril.

Opep e IEA divergem sobre demanda por petróleo. O cartel espera um aumento de 2,25 milhões de barris por dia no consumo global de petróleo, enquanto a agência internacional de energia estima um crescimento de 1,22 milhão de bpd, a maior disparidade registrada nos últimos anos, informa a Reuters.

Governo avança no CA da Petrobras. Em meio a disputas de minoritários, o conselho de administração da estatal segue cumprindo internamente os ritos para reconduzir os quadros indicados pelo governo e já validou a indicação dos nomes ligados ao PT para a realização da assembleia em 25 de abril. O Ministério da Fazenda vai indicar o secretário-executivo adjunto Rafael Dubeux. 

Rui Costa promete “oxigenar” estatais. O ministro da Casa Civil disse que o governo fará um “rodízio” nos conselhos de administração de outras estatais, além da Petrobras.

Greve do Ibama pode afetar Prio. O licenciamento ambiental do campo de Wahoo, na Bacia de Campos, precisa sair neste mês de março para que não haja atrasos no cronograma e a empresa precise mudar seus planos, ??disse o CEO da Prio, Roberto Monteiro.

Fertilizantes em Sergipe. A Toyo Setal assinou um protocolo de intenções com o governo de Sergipe para desenvolver projetos de fertilizantes nitrogenados no estado. O governo sergipano também assinou um acordo com a Macaw Energies, da Golar LNG, para o desenvolvimento de uma planta de liquefação de gás natural.

Lula inaugura fábrica de fertilizantes em Minas Gerais. O presidente da República participa nesta quarta-feira (13/3) do lançamento do do Complexo Mineroindustrial da Eurochem, em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro, que recebeu investimentos de US$ 1 bilhão e vai produzir 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano – 15% da produção nacional.

Diálogos da Transição. Os 175 países membros da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) se reúnem ao longo desta e da próxima semana para discutir políticas que viabilizarão a descarbonização do frete marítimo, entre elas, um imposto global sobre o carbono. 

Eletrobras quer fornecer hidrogênio verde no Rio. A companhia assinou um memorando de entendimento com a empresa de engenharia Paul Wurth Brasil, da SMS group, para avaliar a viabilidade de fornecimento de hidrogênio renovável para processos industriais no Rio de Janeiro.

Volkswagen vai fazer ônibus elétricos no Brasil. A montadora alemã dará início à produção de seu ônibus elétrico ainda em 2024. O modelo chamado e-Volksbus está em desenvolvimento no centro de engenharia da VWCO, em Resende (RJ).

Árabes de olho no lítio. As petroleiras da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, Saudi Aramco e Adnoc, planejam extrair lítio da salmoura em seus campos de óleo e gás, de olho no aumento do mercado de veículos elétricos. 

Brookfield entra no biometano. A canadense negocia a compra de parte de um projeto de biometano que prevê investimentos de até U$$ 300 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão), informa o Valor.

Eneva avalia leilão de reserva. A empresa avalia negociar o projeto de expansão da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) no leilão de reserva de capacidade previsto para agosto de 2024. A expansão pode chegar a 1,2 GW, com demanda de 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Autoprodução impulsiona renováveis. Os contratos de longo prazo de energia solar e eólica no mercado livre em 2023 foram impulsionados pelos projetos de autoprodução, mostra estudo da consultoria Cela (Clean Energy Latin America), publicado este mês. 

Investimento verde aproxima Chile e China. País sul-americano foi o primeiro do continente a iniciar relações com os chineses. Agora, a diplomacia entra em nova fase de cooperação e investimentos verdes, como energia renovável, o hidrogênio verde e a mineração de lítio, mostra o Diálogo Chino.

Aneel aumenta tarifa da Light. A agência reguladora reajustou em 4,16% a tarifa de energia elétrica para os consumidores residenciais da distribuidora Light, que atende 37 municípios no Rio de Janeiro.