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Máquina para cana reduz consumo de combustível
Publicado em 15/05/2023 às 12h10
O agricultor familiar também tem necessidade de tecnologia e os fabricantes têm dado atenção a isso. O maquinário maior é uma realidade de parte do setor, mas a Agrishow olha para todos os tipos de necessidades", disse João Carlos Marchesan, vice-presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e novo presidente da feira a partir de 2024.

A TMA, empresa do Grupo Tracan, veio com inovações tecnológicas para o transbordo de cana-de-açúcar seguindo a tendência de eletrificação das carretas rodoviárias. O modelo VTT 5022, com 6 eixos e capacidade de carga de 22 toneladas, chegou em duas versões: o propulsor elétrico (E) e o de transmissão hidráulica (H).

O VT-5022 H, chamado de TratorBordo, é a grande estrela da marca e foi apresentado após 18 meses de desenvolvimento. O maquinário deixa o trator com duas rodas e permite manobras em um raio menor, evitando pisoteio da cana. A tração hidráulica potencializa o motor mecânico do trator, permitindo reduzir pela metade o consumo de combustível por hora, que cai de 9 litros para 4,5 litros.

A versão elétrica (VT-5022 E) conta com tração auxiliar, ou seja, o transbordo em si é ativo no movimento e não será apenas puxado pelo trator, gerando menor gasto de diesel e poluição ambiental.

"O mercado quer versatilidade com economia de combustível e no conjunto. É um ´dois em um´ com custo mais baixo que um trator de alta potência e ainda preserva a cana, que é o patrimônio do produtor. É um pisoteio próximo de zero", destaca Márcio Leão, gerente corporativo da TMA.

Existe opção de comprar os modelos completos ou só com o transbordo, que depois pode ser acoplado a um trator de menor porte de qualquer marca. "É um trator agrícola normal de 140 cavalos, em vez de um de 240 cavalos. Acabou a safra, desacoplo e volto o eixo dianteiro. Uma operação simples demais, são oito parafusos. O cérebro são os sensores; quando o trator começa a patinar um pouco mais, a caixinha liga a tração traseira. Acabou, ele desliga", conta Leão.

Outra novidade é que todos os transbordos TMA agora têm opção da célula de carga, tecnologia que permite a pesagem em tempo real e diminui o risco de multas por ultrapassagem dos limites da Lei da Balança, prevista na Resolução 882/21 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Além de registrar, o equipamento avisa quando o peso limite é atingido e ajuda no controle interno, uma vez que a multa pode ser aplicada meses depois, a partir de registros das empresas, e não apenas nas estradas. Para completar, a TMA trouxe ainda uma carreta aplicadora de vinhaça em versão elétrica com opcionais de células fotovoltaicas para o acúmulo de energia na bateria - as placas de captação solar ficam em cima do veículo, que vai sendo abastecido enquanto trabalha. O valor de investimento nos lançamentos ficam entre R$ 220 mil e R$ 1,25 milhão.

A Menta Máquinas, por sua vez, percebeu uma demanda crescente a cada feira do mercado produtor de cachaça e lançou a colhedora de cana de pequeno porte CCM 150. O projeto levou dois anos para ser desenvolvido e atende produtores com moagens de 30 a 40 toneladas diárias. "É uma máquina para o pequeno produtor, com trator de baixa cavalagem, que colhe tolete de cana de 15 cm", afirma Gustavo Cola, gerente comercial da Menta. O modelo apresentado na Agrishow é um protótipo, mas a previsão é que entre em produção em setembro, para ser entregue a partir de outubro.

"Só nos quatro primeiros dias da feira, já tivemos 15 máquinas encomendadas; e não só para o produtor de cachaça, mas para o de cana de usinas do Nordeste, onde é comum o plantio de pequenas áreas", conta o gerente. O custo final do equipamento deve variar de R$ 280 mil a R$ 310 mil.

Para os grandes produtores de cana e biomassa a Agrishow também trouxe novidades. Entre os mais caros estão o trator Steiger 620 (algo em torno de R$ 5,4 milhões por unidade) e a colhedora de cana Austoft 9990 dual row (cerca de R$ 4,7 milhões), ambos da Case IH, criados para atender plantios de larga escala que exigem robustez.
Fonte: Valor Econômico
Extraído do Clipping da SCA
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